Corrupção

Vereador denuncia compra de voto

O vereador Marcélio Estevam Teixeira, conhecido como Marcelo Moto Som, denunciou ao vivo ter recebido R$ 100 mil para votar em um candidato à presidência da Câmara. Ele exibiu o dinheiro durante a sessão, e a Polícia Civil e o Ministério Público abriram investigação. O caso ocorreu em Mercês, na Zona da Mata mineira.

  A denúncia foi feita em 2 de dezembro de 2025, durante a votação da Mesa Diretora para o biênio 2026 da Câmara Municipal de Mercês. O vereador Marcélio Estevam Teixeira (Marcelo Moto Som, do partido Mobiliza), afirmou ter recebido R$ 100 mil (R$ 50 mil em espécie e um cheque de R$ 50 mil) de um empresário da cidade, dono de posto de combustíveis, identificado como Calixto Domingos Neto.

O objetivo do suborno era garantir o voto em José Ivânio de Oliveira (PSD), candidato apoiado pelo empresário. Acontece que o presidente eleito da Câmara assumiria interinamente a Prefeitura de Mercês, já que o prefeito eleito, Donizete Calixto (irmão do empresário), estava impedido de tomar posse por decisão do TSE.

A sessão era transmitida ao vivo e o vereador levou uma bolsa e retirou os pacotes de dinheiro e o cheque em plenário, dizendo: “Não me compra”. Ele alegou ter áudios e vídeos que comprovariam a tentativa de compra de votos. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu o dinheiro e a Polícia Civil abriu inquérito, conduzido pelo delegado Arthur Simões. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também acompanha o caso.

O episódio nos revela em que nível está a corrupção no país. O município de Mercês tem pouco mais de 10 mil habitantes e é possível perceber os valores que são jogados no ralo da corrupção. A denúncia pública colocou em xeque a legitimidade da votação e trouxe à tona certezas sobre a existência de compra de votos e abuso de poder econômico. Claro que não devemos generalizar, mas cabe uma pergunta: e se isso for prática comum na maioria nos municípios brasileiros?

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