Polícia

Vereador e assessor são assassinados

O presidente da Câmara Municipal de Heliópolis, vereador Doriedson Oliveira (MDB) está se queixando de que vereador em Heliópolis não tem valor nenhum. A queixa, sabe-se, é mais uma jogada do político para angariar prestígio. É jogada velha e conhecida. Só que em Santo Amaro da Purificação, terra de Caetano e Bethânia, vereadores têm tanto valor que estão sendo apagados, literalmente. Foi o que aconteceu com o vereador Gleiber Júnior (Avante), que foi assassinado a tiros junto com seu assessor em um sítio da família no dia 9 de novembro de 2025. A polícia investiga o caso como execução.

As vítimas deste crime foram Gleiber da Mota Fernandes, conhecido como Gleiber Júnior, de 37 anos, e seu assessor Diego Castro Reis, de 23 anos. Foram encontrados mortos em um sítio da família do vereador, na zona rural de Santo Amaro, na Bahia, às margens da BA-420. Segundo diz a polícia, na madrugada de domingo, 9 de novembro de 2025, ambos foram mortos a tiros por homens que invadiram a propriedade.

O vereador Gleiber Júnior estava em seu primeiro mandato como vereador pelo partido Avante e atuava também como empresário. Seu histórico não era de honrarias. Ele havia sido preso em 2019 por receptação. Sua última aparição pública foi em uma inauguração de loja de veículos em Feira de Santana.

Quando os corpos estavam sendo periciados, a polícia encontrou R$ 2,7 milhões em espécie na casa do vereador durante a perícia, quantia que não condiz com subsídio de um parlamentar municipal. Também foi localizada uma bolsa com R$ 12 mil, cheques e documentos no sítio onde ocorreu o crime. A Polícia Civil da Bahia está investigando a motivação e autoria do crime.

O município de Santo Amaro decretou luto oficial de três dias e os valores dos cheques não foram revelados pela polícia. O delegado responsável pelo caso é Henrique Morais. Até aqui, pouco se sabe sobre o que está por trás das mortes, mas duvida-se ser questão política. Afinal, se isso tem ligação com o mandato, então pode estar tudo contaminado pela corrupção. Não é comum encontrar milhões com um vereador de 1º mandato. A maioria está apenas tentando sobreviver na busca de prestígio dentro do grupo político e nem consegue fazer o básico, que é fiscalizar o poder executivo.  

Foto destaque: O vereador Gleiber Júnior e o seu assessor Diego Castro Reis. (Redes sociais)

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