Os últimos momentos de Marcos Matsunaga – executivo da Yoki
DARIO DE NEGREIROS – da Folha de
São Paulo
São Paulo
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Elize Matsunaga, 38, chega ao DHPP (departamento de homicídios) para prestar depoimento sobre a morte do marido Marcos Matsunaga, 42, executivo da Yoki (foto: Diogo Moreira) |
A polícia divulgou na noite
desta quarta-feira as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o
executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, 42, morava com a mulher, Elize
Matsunaga, 38. Elas foram os principais indícios que levantaram a suspeita
sobre a participação de Elize, que acabou confessando nesta quarta ter matado o
marido. As imagens mostram, no sábado (19 de maio), o casal, a filha e uma babá
chegarem ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora
logo em seguida. Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para
pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa –uma camisa marrom– encontrada
pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados. Às 5h de
domingo (20), a babá chega ao apartamento –onde tem acesso limitado, não
podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a
garagem, pelo elevador de serviço, com as três que teriam sido usadas para
transportar. Às 23h50, ela retorna, já sem as malas.
desta quarta-feira as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o
executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, 42, morava com a mulher, Elize
Matsunaga, 38. Elas foram os principais indícios que levantaram a suspeita
sobre a participação de Elize, que acabou confessando nesta quarta ter matado o
marido. As imagens mostram, no sábado (19 de maio), o casal, a filha e uma babá
chegarem ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora
logo em seguida. Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para
pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa –uma camisa marrom– encontrada
pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados. Às 5h de
domingo (20), a babá chega ao apartamento –onde tem acesso limitado, não
podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a
garagem, pelo elevador de serviço, com as três que teriam sido usadas para
transportar. Às 23h50, ela retorna, já sem as malas.
CONFISSÃO
Segundo a polícia, ela disse em
seu depoimento –que durou oito horas– ter usado uma pistola automática
calibre 380. O tiro foi disparado na sala, após uma discussão conjugal por
conta de uma traição que teria sido descoberta por ela. A mulher revelou também
que a arma não estava entre as que foram entregues para a Guarda Municipal de
Cotia destruir –Matsunaga era colecionador de armas. Elize disse que guardou a
pistola em uma gaveta do apartamento onde eles moravam, na Vila Leopoldina
(zona oeste) –a arma já foi apreendida e encaminhada para a perícia. O casal
fazia curso de tiro e ela era considerada uma boa atiradora Após o disparo, que
atingiu o lado esquerdo da cabeça de Marcos, Elize disse ter levado o corpo
para um quarto do imóvel e ter aguardado cerca de 10 horas antes de começar a
cortar seu corpo no banheiro da empregada. Os vestígios de sangue foram limpos
depois. Conhecedora de anatomia – é técnica de enfermagem e trabalhou em um
centro cirúrgico -, ela disse ter usado uma faca com lâmina de 30 cm para
cortar os braços, pernas, tronco e a cabeça do executivo. Após o trabalho, que
durou cerca de quatro horas, ela embalou os pedaços em sacos plásticos azuis.
seu depoimento –que durou oito horas– ter usado uma pistola automática
calibre 380. O tiro foi disparado na sala, após uma discussão conjugal por
conta de uma traição que teria sido descoberta por ela. A mulher revelou também
que a arma não estava entre as que foram entregues para a Guarda Municipal de
Cotia destruir –Matsunaga era colecionador de armas. Elize disse que guardou a
pistola em uma gaveta do apartamento onde eles moravam, na Vila Leopoldina
(zona oeste) –a arma já foi apreendida e encaminhada para a perícia. O casal
fazia curso de tiro e ela era considerada uma boa atiradora Após o disparo, que
atingiu o lado esquerdo da cabeça de Marcos, Elize disse ter levado o corpo
para um quarto do imóvel e ter aguardado cerca de 10 horas antes de começar a
cortar seu corpo no banheiro da empregada. Os vestígios de sangue foram limpos
depois. Conhecedora de anatomia – é técnica de enfermagem e trabalhou em um
centro cirúrgico -, ela disse ter usado uma faca com lâmina de 30 cm para
cortar os braços, pernas, tronco e a cabeça do executivo. Após o trabalho, que
durou cerca de quatro horas, ela embalou os pedaços em sacos plásticos azuis.
PERÍCIA
O delegado Jorge Carrasco, chefe
do DHPP (departamento de homicídios), disse que será feita uma nova perícia no
imóvel do casal, que é composto de duas coberturas e tem cerca de 500 m². Na
primeira análise, a polícia disse não ter encontrado muitos vestígios de
sangue, o que levantou a suspeita de que ele tivesse sido esquartejado em outro
local. Agora serão aplicados reagentes nos locais indicados no depoimento da mulher.
Também será feita uma reconstituição do crime com a presença dela, mas a
polícia ainda não sabe a data. “Não tenho dúvidas da autoria e da
materialidade e acredito que ela agiu sozinha realmente. Não houve
premeditação, eu acredito que foi uma briga”, disse Carrasco.
do DHPP (departamento de homicídios), disse que será feita uma nova perícia no
imóvel do casal, que é composto de duas coberturas e tem cerca de 500 m². Na
primeira análise, a polícia disse não ter encontrado muitos vestígios de
sangue, o que levantou a suspeita de que ele tivesse sido esquartejado em outro
local. Agora serão aplicados reagentes nos locais indicados no depoimento da mulher.
Também será feita uma reconstituição do crime com a presença dela, mas a
polícia ainda não sabe a data. “Não tenho dúvidas da autoria e da
materialidade e acredito que ela agiu sozinha realmente. Não houve
premeditação, eu acredito que foi uma briga”, disse Carrasco.
COLCHÃO
Elize também revelou em seu
depoimento que, após cometer o crime, doou o colchão onde o casal dormia para
uma babá. A polícia chegou a examinar o colchão, mas não identificou vestígios
de sangue. O casal tinha três empregadas: uma doméstica e duas babás. Elas não
tinham acesso a todos os cômodos do apartamento, segundo a polícia. Segundo o
delegado Carrasco, Elize não disse em seu depoimento se estava arrependida pelo
crime. Bacharel em direito, ela é beneficiária de um seguro de vida feito
recentemente pelo executivo, no valor de R$ 600 mil. Elize foi presa na noite
de segunda-feira (4) e passou a noite de hoje em um presídio feminino em
Itapevi (Grande SP), para onde deve voltar. Segundo a polícia, ele teve a
prisão prorrogada pela Justiça por mais 15 dias. “A família se sente
reconfortada com a confissão e com o trabalho da polícia. A família está
absolutamente chocada, é um grande desastre familiar”, disse o advogado
Luiz Flávio Borges D’Urso, contratado pela família da vítima.
depoimento que, após cometer o crime, doou o colchão onde o casal dormia para
uma babá. A polícia chegou a examinar o colchão, mas não identificou vestígios
de sangue. O casal tinha três empregadas: uma doméstica e duas babás. Elas não
tinham acesso a todos os cômodos do apartamento, segundo a polícia. Segundo o
delegado Carrasco, Elize não disse em seu depoimento se estava arrependida pelo
crime. Bacharel em direito, ela é beneficiária de um seguro de vida feito
recentemente pelo executivo, no valor de R$ 600 mil. Elize foi presa na noite
de segunda-feira (4) e passou a noite de hoje em um presídio feminino em
Itapevi (Grande SP), para onde deve voltar. Segundo a polícia, ele teve a
prisão prorrogada pela Justiça por mais 15 dias. “A família se sente
reconfortada com a confissão e com o trabalho da polícia. A família está
absolutamente chocada, é um grande desastre familiar”, disse o advogado
Luiz Flávio Borges D’Urso, contratado pela família da vítima.