Conheça os municípios com melhor qualidade de vida: A Cidade da cachaça vence na Bahia!

O Índice de Progresso Social (IPS) 2025 é uma ferramenta que mede o desempenho social e ambiental dos municípios brasileiros, avaliando aspectos como saúde, educação, segurança e qualidade de vida. Ele é atualizado anualmente e considera 57 indicadores distribuídos em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades. O Índice de Progresso Social (IPS) Brasil é administrado por uma colaboração entre diversas instituições, incluindo o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Fundação Avina, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia, a iniciativa Amazônia 2030, a Anattá – Pesquisa e Desenvolvimento, e o Social Progress Imperative. A coordenação geral do IPS Brasil está a cargo de Beto Veríssimo e Melissa Wilm, com apoio de uma equipe técnica e especialistas em diversas áreas.
Nos dados divulgados este ano, algumas cidades se destacaram no ranking de 2025. Por exemplo, Pompéia (SP) ficou entre as 10 melhores do Brasil, enquanto Tupã (SP) alcançou a 98ª posição nacional. Já Pinhais, no Paraná, manteve o melhor índice de saneamento básico do estado pelo segundo ano consecutivo. Pelo segundo ano consecutivo, Gavião Peixoto (SP) liderou o ranking, com uma pontuação de 73,6. Outras cidades bem classificadas incluem Gabriel Monteiro (SP), Jundiaí (SP) e Águas de São Pedro (SP). A maioria das cidades no topo do ranking está localizada no estado de São Paulo, seguido por municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Distrito Federal. Entre as 200 primeiras cidades do ranking, só há uma do Nordeste: o arquipélago de Fernando de Noronha, que aparece na 7ª colocação, com 70,02 pontos, pertencente ao estado de Pernambuco.
E para aqueles que acham que tamanho é documento, a cidade que ficou no primeiro lugar em qualidade de vida na Bahia foi Abaíra, localizada na Chapada Diamantina. Com uma população de aproximadamente 7,3 mil habitantes, Abaíra produz algo que parece estar na contramão de uma vida sem perrengues. O município se destaca por sua produção artesanal de cachaça, sendo conhecida como a “Cidade da cachaça”. No IPS 2025, Abaíra apresentou pontuação de 63,25, acima da média estadual de 57,67. Os pontos positivos foram alta cobertura vacinal e baixa mortalidade por condições sensíveis à atenção primária; coleta de resíduos adequada e acesso a saneamento básico; maior proporção de idosos em relação a crianças na Bahia (137 idosos para cada 100 crianças); baixos índices de violência contra jovens e mulheres.
Apesar de ter um dos menores PIBs per capita do Brasil, Abaíra se destaca por fatores sociais e ambientais que garantem uma boa qualidade de vida para seus moradores. Ou seja, a questão não é ser um município rico, mas proporcionar uma vida com o mínimo necessário para permitir viver de forma digna. Estas são as 10 primeiras cidades em qualidade de vida na Bahia. Essas cidades se destacaram por fatores como educação, saneamento básico, segurança e acesso à saúde:
1- Abaíra – 63,25 pontos
2- Madre de Deus – 63,15 pontos
3- Lauro de Freitas – 62,41 pontos
4- Valente – 62,06 pontos
5- Salvador – 62,05 pontos
6- Itiruçu – 62,02 pontos
7- Caetité – 61,72 pontos
8- Luís Eduardo Magalhães – 61,54 pontos
9- São Gabriel – 61,44 pontos
10- Vitória da Conquista – 61,42 pontos
Em relação aos estados brasileiros, nossa Bahia não se saiu bem. Ficou na 16ª posição, quase na zona de rebaixamento na questão da qualidade de vida. Sua pontuação média foi de apenas 56,3. Os cinco melhores estados do Brasil foram 1- Distrito Federal – 69,04 pontos; 2- São Paulo – 66,45 pontos; 3- Santa Catarina – 64,00 pontos, 4- Paraná – 63,72 pontos e 5- Rio Grande do Sul – com 62,98 pontos. Na outra ponta, os cinco piores estados brasileiros em qualidade de vida são 1- Pará – 42,15 pontos; 2- Maranhão – 43,02 pontos; 3- Amapá – 44,36 pontos; 4- Roraima – 45,21 pontos e 5- Acre – com 46,05 pontos. Os principais desafios estão na infraestrutura precária, altos índices de violência e dificuldades no acesso à educação e saúde.
Por fim, na nossa região do Semiárido Nordeste II, entre os 18 municípios, o pódio ficou com Paripiranga, Fátima e Heliópolis, nessa ordem. Na tabela de baixo, os três piores são Ribeira do Amparo, Nova Soure e Pedro Alexandre. Veja na tabela acima a pontuação obtida por cada município e sua colocação em relação ao Brasil.