Brasil

Bolsonaro sugere Alexandre de Morais como seu vice e chama apoiadores de malucos!

Era um outro Bolsonaro diante de Alexandre de Morais. (foto: Agência Pública)

Não, gente contraprosadora, não é delírio meu. O título é a pura verdade, exposta diante das câmeras. Um murro certeiro na cara daqueles que ainda povoam as redes sociais para, em nome do Mito, atacar a biografia dos adversários. Sim, senhoras e senhores, Bolsonaro arregou! E fez isso de forma rasteira, passando a ideia clara de que está se borrando de medo da cadeia. O ato de ontem no STF mostrou, no mínimo, que o consagrado nome da chamada extrema direita no Brasil é um caso patético de farsa tupiniquim. Foi sem nunca ter merecido ser.

Além da vergonha covarde, Bolsonaro e seus comparsas não conseguiram esconder os motivos das reuniões de que participaram com as Forças Armadas. Ficou mais que nitidamente claro o objetivo final: dar um golpe de estado. Todo seu governo, desde o início, foi um projeto de desprezo à Constituição, mas ficou ainda mais claro após perder a eleição de 2022 para Lula. Ele insiste na ideia de que não houve golpe e isso, verdade seja dita, é o óbvio ululante. Mas ele fala como que a confessar que não conseguiram realizar o golpe de estado.

Mas o ponto culminante no seu depoimento, diante do ministro Alexandre de Morais, foi fazer uma brincadeira infantil, ao convidar o magistrado mais xingado por ele para ser seu candidato a vice-presidente na chapa de 2026, mesmo estando inelegível. A brincadeira é a assinatura da canalhice explícita, seguido de um pedido de desculpas pelas acusações que fez aos ministros do STF, atribuindo tudo a rompantes retóricos. Para revelar sua covardia, no desespero de se distanciar das grades, menosprezou os apoiadores que clamavam por intervenção militar ao longo de todo o seu governo. Disse que estes militantes eram malucos.

O ex-comandante da Marinha Almir Garnier dos Santos, tentando desviar seu apoio incondicional a Bolsonaro na decretação do Estado de Sítio, disse que os bolsonaristas estavam preocupados com uma possível convulsão social, caso Lula tomasse posse. É hilário este argumento porque os principais beneficiados seriam os ocupantes do governo que perderam as eleições. Ninguém conseguiu dar uma boa explicação para as ameaças que fizeram às instituições brasileiras. Mas o caso de Bolsonaro foi patético. Covardia explícita.

Nem mesmo o general da reserva Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência de Bolsonaro, foi tão arregão. Inclusive ficou em silêncio ante as perguntas de Alexandre de Morais, só respondendo ao que perguntou seu advogado. O ponto culminante do general foi quando disse que a expressão “virar a mesa” significava uma “ação imediata”, e que nada teria a ver com ações contrárias à Constituição. Tentou deturpar o Dicionário da Língua Portuguesa, mesmo não se mostrando tão acovardado como Bolsonaro.

Depois de ontem, será que Bolsonaro ainda terá seguidores? Claro que sim! Assim como Lula continuará tendo os seus. O problema é que os políticos que ainda tinha esperança de virar a mesa, devem desistir e procurar outras alternativas para enfrentar Lula em 2026. Os seguidores de Bolsonaro e de Lula, que estão mais para torcedores, ficarão até que o último apague a luz e guardarão em suas memórias um tempo de esperança malograda. Talvez até dirão que não foram melhores nos seus governos porque o outro não deixou. Seguirão em frente desejando que uma nova ideia pregada por um novo aventureiro habite sua memória afetiva. O país real que espere!

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