Bolsonaro acha mesmo que somos um país de maricas?

O episódio envolvendo o filho de Jair Bolsonaro, explicitando descaradamente tráfico de influência no governo da República, é a prova mais clara de que o presidente trata o povo do seu país com um bando de maricas. O ex-presidente Lula disse que seu filho era o Ronaldinho das finanças quando, de repente, um trabalhador de zoológico aparece como empresário brilhante. Eleito para combater tal falácia, Bolsonaro está agora envolvido com uma empresa que promove, de graça, a empresa de Renan Bolsonaro, seu filho.
Hoje, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) pediu à Procuradoria da República do Distrito Federal para investigar se Renan Bolsonaro cometeu tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Embora o deputado não tenha feito o mesmo procedimento na época do Lulinha, a atitude é pertinente. Foi o jornal Folha de São Paulo que revelou ser a produtora Astronautas Filmes, a mesma que realiza trabalhos para o governo Bolsonaro, a que produziu, gratuitamente, filmagem e fotografia da inauguração da empresa do filho caçula de Jair Bolsonaro. A Astronauta tem contratos de R$ 1,4 milhão com o governo federal.
Ivan Valente acusa Renan Bolsonaro de “usar sua influência como filho do presidente para favorecer interesses privados junto ao governo federal”, revelou o portal O Antagonista. Disse mais: “O governo Bolsonaro é corrupto e reproduz as piores práticas do patrimonialismo […] Tiram proveito do Estado na cara dura!”, postou o deputado no Twitter. O presidente aposta num país de maricas. No Ministério Público, nada foi aberto até o momento.