Manoel Emídio – Piauí
Uma cidade nascida pelo trabalho de um professor

Neste vídeo, em mais um episódio de Um Lugar no Sertão, conheceremos a cidade de Manoel Emídio, no estado do Piauí. O município de Manoel Emídio tem uma área territorial de 1.620,413 km² e sua população no último censo, em 2022, ficou em 5.209 pessoas, o que faz uma densidade demográfica de 3,21 habitante por quilômetro quadrado. Manoel Emídio faz limites com Bertolínia, Sebastião Leal, Alvorada do Gurguéia, Uruçuí, Eliseu Martins, Colônia do Gurguéia e Cristino Castro. Sua população estimada pelo IBGE para 2025 ficou em 5.315 pessoas. A distância da cidade para Teresina é de 450 kms. O município é servido pela BR 324/135 sobrepostas, conhecida como Transcerrados.
O município de Manoel Emídio era conhecido, desde seus primeiros moradores, como povoação de Cana Brava do Félix. Seu desenvolvimento só começa por volta do ano de 1952. Nesta época, foram construídas 15 pequenas casas de palha. Naquele mesmo ano chega ao povoado Zulmiro Ferreira de Souza, designado para assumir a direção de uma das escolas, por ordem dos administradores do município de Bertolina, a quem pertencia o povoado. Em 1955 foram abertas as duas primeiras casas comerciais, uma do professor Zulmiro e outra de Luiz Gonzaga de Araújo.
Daí em diante, Cana Brava do Félix não mais parou de crescer de forma lenta, mas constante. A emancipação política do povoado foi conseguida através da lei estadual nº 2.159, de 2 dezembro de 1963, com o nome oficial de Manoel Emídio, constando um único distrito e desmembrado de Bertolínia. A instalação oficial ocorreu em 31 de março de 1964, em pleno primeiro dia do início da ditadura militar no Brasil. Participaram ativamente do movimento de emancipação o professor Zulmiro Ferreira de Souza, José Leal Moreira e Quintino Moreira da Silva.

Mas por que o nome Manoel Emídio? A explicação está na história do município-mãe Bertolínia. Manoel Emídio foi um importante coronel e chefe político, fundador do povoado que se tornou a cidade de Bertolínia, no Piauí. Ele foi fazendeiro, comerciante, coronel da Guarda Nacional e exerceu várias vezes os cargos de Intendente e Presidente do município de Bertolínia, tendo um papel central na política local. O pai dele era Bertolino Alves Rocha e sua mãe Adelaide Francisca da Rocha. O nome da cidade de Bertolínia foi colocado em homenagem ao pai dele. Para homenagear o coronel, colocaram o seu nome na nova cidade, nascida em terras de Bertolínia.