O mistério do massacre da morte de 11 pessoas

Há um grande mistério que envolve um fato acontecido na cidade de Uauá e que não teve muita repercussão na imprensa baiana, embora envolva violência extrema e abuso sexual. Na madrugada de 15 de agosto de 2019, a cidade de Uauá, no sertão da Bahia, foi palco de um dos episódios mais chocantes da história recente da região. O caso ficou conhecido como o Massacre de Uauá, e envolveu a morte de 11 pessoas, executadas com precisão cirúrgica. Há ainda muito a ser dito sobre o caso, mas está envolto num sigilo incomum.
Segundo relatos documentados em vídeos e reportagens, naquele dia, 11 pessoas amanheceram mortas, todas executadas com tiros na cabeça. O massacre foi motivado por um ato de vingança. Dois homens — José Antônio Silva e Roberto Carlos Ferreira, trabalhadores comuns — decidiram fazer justiça com as próprias mãos após o cruel estupro de Maria José, irmã de um deles, acontecido 6 meses antes. A indignação com a lentidão da justiça e a impunidade os levaram a planejar uma ação meticulosa, visando eliminar os supostos envolvidos no crime.
Os autores do massacre não feriram inocentes, segundo os relatos, e se entregaram voluntariamente após os assassinatos. Aí está o mistério: onde eles estão presos? Ainda estão vivos? Foram condenados? Já houve algum julgamento? Não está sendo fácil encontrar respostas para estas perguntas. Em Uauá, as pessoas comuns parecem ter esquecido de tudo, ou não querem falar sobre o assunto. Parece que é algo proibido. O mais completo que se sabe sobre o assunto está no documentário O Massacre de Uauá: Uma Noite Sangrenta No Sertão da Bahia!, publicado no canal Sertão Sangrento.
O que se sabe é que José Antônio Silva e Roberto Carlos Ferreira, cansados de esperar pela ação da Justiça, já que se sabia quem eram os responsáveis pelo estupro, resolveram agir e fizeram justiça com as próprias mãos. A operação foi realizada em diferentes pontos da cidade, o que causou pânico e comoção entre os moradores. O caso gerou debates intensos sobre segurança pública, justiça popular e a fragilidade do sistema judicial no interior da Bahia. É difícil encontrar informações públicas sobre o caso, mas o episódio foi retratado em documentários e vídeos que exploram não apenas os fatos, mas também o impacto psicológico sobre a vítima e os dilemas morais envolvidos.
Contraprosa vem pesquisando sobre o assunto e ainda não encontrou registros oficiais ou notícias recentes que confirmem o desfecho judicial ou o paradeiro atual de relacionados ao massacre ocorrido em Uauá. O caso teve pouca cobertura nacional e é possível até que os nomes estejam registrados de forma diferente nos autos judiciais. Em qualquer pesquisa de processos judiciais, os nomes simplesmente não aparecem. Isso pode acontecer se o processo estiver em sigilo. O problema é que não se sabe o motivo do mistério. Isso só ocorre normalmente quando há gente grande envolvida na história.
O mistério é tão grande que, até o momento, não há uma lista oficial publicada com os nomes das 11 vítimas do chamado Massacre de Uauá, ocorrido naquele 15 de agosto de 2019. Os vídeos e documentários disponíveis, relatam os fatos com detalhes, mas optam por preservar a identidade das vítimas — possivelmente por respeito às famílias ou por questões legais. Nem mesmo no Ministério Público encontramos informações. Fato é que uma mulher foi estuprada e 11 pessoas foram mortas. É impossível ignorar tudo isso ou tentar esconder os fatos.