Internacional

O terremoto de Kamchatka e os efeitos no Brasil

O terremoto de Kamtchatka-RU foi o maior do mundo desde 2011. (Imagem: G1)

Um terremoto de magnitude 8,8 na Península de Kamchatka, Rússia, já causou uma série de estragos significativos, especialmente nas regiões costeiras e em países do Pacífico que receberam alertas de tsunami. O fenômeno aconteceu na nesta quarta-feira (30), ainda noite de terça-feira no Brasil. Na Rússia, em Kamchatka e Ilhas Curilas, Severo-Kurilsk foi inundada por ondas de até 5 metros, que avançaram 400 metros terra adentro, submergindo uma fábrica de frutos do mar e atingindo um memorial da Segunda Guerra Mundial. Cerca de 2.000 pessoas foram evacuadas da cidade. Em Elizovskiy, outra cidade da região, também foi atingida por ondas de até 4 metros. O vulcão Klyuchevskoy entrou em erupção horas após o terremoto, lançando cinzas e lava, aumentando o alerta geológico. Apesar da intensidade, não houve mortes confirmadas na Rússia, mas há relatos de feridos e danos estruturais.

Por outro lado, no Japão, houve a evacuação de cerca de 2 milhões de pessoas em áreas costeiras. Uma mulher morreu ao cair de um penhasco com seu carro durante a evacuação. Ondas de até 1,3 metro atingiram o porto de Miyagi e trabalhadores da usina nuclear de Fukushima foram evacuados por precaução. No Havaí e costa oeste dos EUA ocorreram ondas de até 1,74 metro que atingiram Maui. Voos foram cancelados e praias interditadas como medida preventiva. Sirenes soaram em Waikiki, gerando engarrafamentos durante evacuação.

O japão foi fortemente atingido por tsumanis. (Imagem: G1)

Além da Rússia, Japão e Estados Unidos, outros países foram afetados. Alertas de tsunami foram emitidos para México, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Indonésia, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia e Taiwan. Evacuações preventivas ocorreram nas Ilhas Galápagos e em várias regiões da Polinésia Francesa. Apesar da magnitude histórica — o sexto maior terremoto já registrado — os sistemas de alerta e evacuação ajudaram a evitar uma tragédia maior.

Brasil corre perigo?

Não há perigo imediato para o Brasil em relação ao terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a Península de Kamchatka, na Rússia. Apesar de ter gerado tsunamis em partes do Pacífico, como Japão, Havaí e costa russa, o território brasileiro está fora da zona de risco sísmico. O Brasil está no centro da Placa Sul-Americana, longe das bordas onde ocorrem os grandes terremotos. Vale lembrar que as falhas geológicas no Brasil são antigas e pouco ativas, gerando apenas tremores leves e raros. Além disso, o terremoto ocorreu no extremo leste da Rússia, a milhares de quilômetros do Brasil, sem conexão direta com o Oceano Atlântico. Quanto aos tsumanis, o oceano Atlântico Sul tem baixa atividade tectônica, o que torna praticamente impossíveis de atingir o Brasil. O único registro histórico de tsumani que atingiu o Brasil foi o de 1755, causado pelo terremoto de Lisboa, que chegou ao litoral nordestino com efeitos leves.

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