Internacional

Palestinos e israelenses são libertados

Os reféns israelenses estão sendo libertados como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Nesta segunda-feira (13), os últimos 20 reféns vivos foram entregues à Cruz Vermelha e estão retornando a Israel. Um grupo inicial de sete reféns foi entregue pelo Hamas à Cruz Vermelha e levado para bases militares israelenses para atendimento médico e um segundo grupo de 13 reféns foi libertado por volta das 11h (horário local), completando os 20 reféns vivos que ainda estavam em poder do Hamas. Em troca, Israel está libertando cerca de dois mil palestinos detidos em prisões israelenses.

   A troca é parte do acordo de cessar-fogo mediado por Estados Unidos, Egito e Catar, que encerrou dois anos de guerra. Os reféns israelenses incluem jovens do festival Nova, soldados e civis, todos sequestrados em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel e iniciou o conflito. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que “a luta ainda não terminou”, mas celebrou “enormes vitórias” e o início de um novo caminho de reconstrução.

   A libertação dos reféns ocorre às vésperas de uma cúpula internacional no Egito, com líderes de mais de 20 países, incluindo o presidente Donald Trump. O acordo para o fim da guerra na Faixa de Gaza foi formalizado neste outubro de 2025, com mediação dos Estados Unidos e apoio de países árabes, marcando o encerramento de um conflito de dois anos entre Israel e o Hamas.

   Os principais pontos sobre o acordo e seus desdobramentos são cessar-fogo permanente, com o Hamas anunciando oficialmente o fim das hostilidades, e Israel aceitando o acordo final para encerrar a guerra. Em seguida, todos os reféns vivos mantidos pelo Hamas foram libertados, incluindo os últimos 20 israelenses que estavam em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023, e Israel liberta cerca de 2 mil palestinos. Ainda faz parte do acordo Israel recuar sua força militar para linhas previamente acordadas com o Hamas, encerrando os bombardeios na Faixa de Gaza. Por fim, o Hamas se comprometeu a se retirar da administração e da reconstrução de Gaza, abrindo espaço para uma nova governança palestina.

   O grande protagonista de todo esse acordo foi os Estados Unidos. O presidente Donald Trump liderou as negociações e celebrou o acordo como o “fim de uma era de terror” e o “amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”. Mas houve a participação importante de países árabes. Egito, Catar e Turquia atuaram como mediadores e apoiadores do plano de paz. Dizem os especialistas que Trump esperava com esse acordo ganhar o Prêmio Nobel da Paz. A honraria foi para a venezuelana Maria Corina Machado.

   Em Israel, a libertação dos reféns foi celebrada com emoção em Tel Aviv, onde milhares se reuniram na Praça dos Reféns. Na Palestina, deslocados começaram a retornar às suas casas, especialmente na cidade de Gaza, após o cessar-fogo. Muito só encontraram ruínas, mas a esperança de um recomeço imperou. De qualquer forma, o acordo representa uma virada histórica após dois anos de intensos combates e sofrimento civil. Uma luz no eterno cenário de constantes guerras que abalam o Oriente Médio.

Foto destaque: Issam H.s. Alasmar/Anadolu via Getty Imagens

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