Nos Caminhos do Norte

Palmas – Tocantins

O acesso mais charmoso a Palmas é pela TO-080. A rodovia atravessa o lago da Hidrélétrica Luís Eduardo Magalhães no rio Tocantins. (Foto: Landisvalth Lima)

Encerraremos esta primeira fase da série Nos Caminhos do Norte com uma cidade para lá de moderna. Trata-se da capital do Estado do Tocantins, Palmas. Se pensarmos numa cidade fascinante, o nome Palmas vem logo à cabeça. Ela é a mais jovem capital estadual do Brasil — e sua história é marcada por planejamento urbano, desenvolvimento acelerado e protagonismo regional. É o centro da Região Metropolitana de Palmas (RMP), criada oficialmente pela Lei Estadual nº 2824, de 31 de dezembro de 2013, com cerca de 501 mil habitantes no conjunto dos seus 21 municípios. Sua área da unidade territorial é de 2.227,329 km², abrigando uma população, no último censo 2022, de 302.692 pessoas, permitindo uma densidade demográfica de 135,90 habitantes por quilômetro quadrado. Palmas faz limites com os municípios de Aparecida do Rio Negro, Lajeado, Miracema do Tocantins, Monte do Carmo, Novo Acordo, Porto Nacional e Santa Tereza do Tocantins. Sua população estimada para 2024 foi de 323.625 pessoas e sua distância para Brasília é de 920 kms.

Onde quer que se vá em Palmas, há sempre a presença da arquitetura moderna e vibrante. (Foto: Landisvalth Lima)

A história de Palmas começa pela necessidade de ter o Tocantins uma capital centralizada no território do novo estado. A cidade nasceu em 20 de maio de 1989, pouco tempo depois da criação do Estado, mas só foi instalada em 1º de janeiro de 1990, após a transferência da capital provisória, Miracema. O primeiro passo para o planejamento da capital definitiva foi dado logo após a eleição do governador Siqueira Campos, em 15 de novembro de 1988, que solicitou levantamento para definir a localização de uma cidade que lhe possibilitasse ser um polo de irradiação de desenvolvimento econômico e social do Estado. O resultado do estudo determinou uma área localizada entre os municípios de Porto Nacional e Taquaruçu do Porto, a leste do povoado do Canela.

Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, localizado na gigantesca Praça dos Girassóis. (Foto: Landisvalth Lima)

A instalação de Palmas só foi possível com a transferência da sede administrativa do município de Taquaruçu para Palmas, pela Lei Estadual n.º 10.419, de 1º de janeiro de 1988, desmembrado do município de Porto Nacional, instalado em 1º de junho de 1989, tornando o prefeito eleito de Taquaruçu, Fenelon Barbosa, o primeiro prefeito de Palmas. Com esta decisão, Taquaruçu do Porto transformou-se em Distrito de Palmas, assim como Taquaralto e Canela. O nome de Palmas foi escolhido em homenagem à comarca de São João da Palma, sede do primeiro movimento separatista do norte goiano, e também pela grande quantidade de palmeiras na região. Pela Resolução n.º 28, de 29 de dezembro de 1989, o município de Taquaruçu do Porto, foi extinto, permitindo a mudança de sede, passando o município a chamar-se Palmas e Taquaruçu do Porto passa à condição de distrito do município de Palmas. Hoje, Palmas é formado com 3 distritos: Palmas – a sede, Butirana e Taquaruçu do Porto.

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Numa cidade planejada como Palmas, formada por quadras e glebas, tudo parece distante e sobra espaço, diferente de cidades antigas. Sua área urbana é ampla e a tendência é crescer mais ainda com a criação da Região Metropolitana, visando planejamento urbano integrado, mobilidade regional e uso eficiente de recursos públicos. Há propostas para metrô de superfície, trem intermunicipal e rodovias duplicadas conectando os municípios. A cidade foi projetada para ser moderna, com avenidas largas, áreas verdes e infraestrutura eficiente. Palmas possui um distrito industrial ativo, com destaque para indústrias de alimentos, pré-moldados, papel, bebidas e materiais de construção. O setor comercial e de serviços é o principal motor da economia local, representando a maior parte do PIB da cidade, abrigando uma ampla rede de empresas, desde microempreendedores até grandes corporações. Na cultura, Palmas é um polo cultural emergente, com eventos como o Festival de Cinema e Vídeo Ambiental, FENEPALMAS – feira de negócios, e celebrações religiosas e folclóricas. A cidade valoriza a preservação ambiental, com parques urbanos e áreas de Cerrado protegidas. A diversidade étnica é marcada pela presença de migrantes de várias regiões do Brasil, o que enriquece a cultura local.

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