Poucas & Boas 118

João Grande e Pindobal

Os alunos das redes municipal e estadual que se deslocam das duas localidades para a cidade de Heliópolis estão passando muitos perrengues com o transporte escolar. Nestes dias chuvosos, um motorista de prenome Moisés não está fazendo o percurso total, deixando os alunos distantes das suas respectivas residências, tanto do João Grande quanto de Pindobal e demais localidades. O motorista alega sempre que a estrada está alagada e cheia de buracos e só vai até o Riacho do Curaçá. Daí em diante a caminhada fica por conta dos alunos.

Tomando uma

E por falar em motorista, o tal do Moisés está sendo acusado pelos alunos de beber em serviço, levando consigo o líquido derivado da cana. Há até relatos de que ele disse que atolaria o ônibus escolar, o que de fato chegou a acontecer, sem dizer os motivos. É verdade que a estrada sempre foi um problema, mas as chuvas desta semana não foram tão intensas que pudessem permitir o completo interrompimento das estradas. Acontece que o ônibus destinado à região está em manutenção e outro veículo foi realocado para servir ao João Grande e Pindobal, mas o motorista Moisés sempre encontra uma desculpa para não levar os alunos até o ponto final.

Dois milhões e meio

No último dia do ano foi feita uma adjudicação dos preços da licitação para aquisição de combustível na Prefeitura Municipal de Heliópolis. A empresa vencedora foi, claro, José Oliveira Andrade de Heliópolis, ou para ficar mais claro, o Posto Petrox de Celso. As quantidades foram 173 mil litros de gasolina, a R$ 6,67 cada litro; 146 mil litros de diesel S-10, a 6,37 por litro e 80 mil litros de diesel S-500, a 6,27 a unidade. Total da peleja R$ 2.597.723,86. Isso quer dizer que o município de Heliópolis gasta por dia R$ 7.117,00 de combustíveis, isso incluindo sábados, domingos e feriados.

Gastos superfaturados

Estes gastos de combustíveis estão, no mínimo, fora do comum. Vejamos: se houver 10 automóveis rodando com gasolina, indo todos os dias para Aracaju e Salvador, tipo metade para um lado e para outro, teríamos um gasto de 340 litros para Salvador e 160 litros para Aracaju, diariamente. Total dos gastos: R$ 3.335,00. Vamos aos ônibus escolares rodando no município e levando gente para a universidade: num total de 08 ônibus rodando todos os dias pelo município, com quilometragem média de 80 km, os gastos ficariam em torno dos 4 mil reais. Isso, todos os dias. Está claro que a licitação está além dos gastos necessários do município. Ainda mais, o dono do posto é marido da vice-prefeita eleita. Embora a licitação tenha sido feita em 2024, no último dia, o seu efeito é no ano de 2025.

Depois do São Pedro

Um decreto inusitado da Prefeitura Municipal de Heliópolis parece considerar que nosso povo não tem inteligência. Trata-se do DECRETO N° 263, DE 21 DE MAIO DE 2025, que dispõe sobre a remoção de entulhos e material de construção do circuito da Festa de São Pedro do município de Heliópolis/BA. Nele, a prefeitura fala da necessidade de garantir a limpeza e a segurança do circuito da Tradicional Festa de São Pedro, que será realizada nos dias 11, 12 e 13 de julho de 2025. Afirma ainda o documento que a geração de entulhos durante a festa pode causar transtornos à população e danos ao meio ambiente. Ou seja, depois da festa, tudo pode voltar ao normal.

Massaranduba I

Todos sabem que o território de Heliópolis mudou. O município cresceu um pouco e a SEI-BA já publicou o novo mapa. As principais mudanças estão no ponto limite do povoado Tijuco, que ficava no cemitério, agora será na Lagoa Vermelha, próximo da BR 110. Sapé e Pau Ferro estão agora, de fato, no nosso território, e não em Ribeira do Pombal. Outra mudança foi na Massaranduba. O ponto ficava na Igreja e dividia o povoado em duas partes, uma de Heliópolis e outra de Cícero Dantas. Agora, o ponto limite fica no meio do Açude, um tanque público de reservatório de água próximo ao povoado. Com isso, toda a localidade fica agora dentro do território de Heliópolis.

Massaranduba II

E por falar em Massaranduba, dois imóveis públicos foram invadidos por pessoas. O tanque de água do limite entre Heliópolis e Cícero Dantas foi invadido e até casa foi erguida, segundo denúncias dos moradores. Outro imóvel também invadido foi a Escola São José, de propriedade do município de Heliópolis. A prefeitura precisa ver estas questões e organizar a peleja. Se for caso de moradores sem teto, é preciso uma lei para regulamentar a posse ou estadia. Passa a impressão de que a cidade está abandonada e que qualquer um pode fazer o que quiser. Acorda, prefeito!