Prefeita de Antas não segue Marcelo Nilo e apoia Jerônimo

A terra de Marcelo Nilo não segue o ex-deputado e, pior, parece que não ouve o que ele diz a respeito da administração do governador atual. Nilo classifica Jerônimo Rodrigues como o pior governador da nossa era democrática. Entretanto, a prefeita de Antas, Essioneide de Rani (PP), declarou apoio ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), durante um evento político realizado em 11 de julho de 2025. Ela havia apoiado ACM Neto nas eleições de 2022, mas agora afirma estar alinhada com o atual governo estadual. Durante o encontro com lideranças do semiárido baiano, Essioneide destacou a importância da união entre os municípios e o governo estadual para garantir avanços e investimentos. Segundo ela, começa uma nova história e não vai parar por aí. “Por isso, governador, precisamos dar as mãos e andarmos juntos, porque quando a gente se une a força fica maior”, revelou a prefeita.
Não dá para entender o que pensam os políticos. Os aliados vão para os jornais, tv, portais na internet e redes sociais e debulham a incompetência do governador, enquanto os que têm mandato se protegem debaixo da guarda-sol governista. Pior é que já se sabe o que quer Jerônimo Rodrigues, que parece ter aprendido na cartilha de Antônio Carlos Magalhães, não o neto, mas o avô. Essa adesão reforça o movimento de aproximação de antigos aliados da oposição ao grupo governista, que tem se intensificado ao longo de 2025.

Jerônimo sabe que perdeu gordura política na última eleição. Foi o primeiro segundo turno depois da vitória de Wagner como governador. Por isso, o governador busca fortalecer a base governista, atraindo diversos prefeitos que antes apoiavam ACM Neto, ampliando sua rede de apoio municipal. Isso busca enfraquecer a base da oposição com a debandada de aliados. Deve ser cruel para ACM Neto saber que o método do avô, utilizado por Jerônimo, pode derrotá-lo em 2026.
Além disso, há mudanças de estratégia de partidos como PP e PDT, que apoiaram ACM Neto em 2022, reavaliando suas alianças e cogitam apoiar Jerônimo nas próximas eleições. Sabemos quão importante é o apoio dos prefeitos. Municípios estratégicos como Jequié estão se tornando peças-chave na disputa, com prefeitos buscando diálogo com o governo estadual para garantir investimentos. Com quem estava o prefeito de Luís Eduardo Magalhães em 2022? E agora? A terra que tem o nome do filho de ACM pode virar palco de fracasso para Neto.
Se esse ritmo de adesões continuar, Jerônimo poderá entrar na disputa pela reeleição com uma base municipal robusta, o que é crucial para mobilização política e captação de votos. Por outro lado, ACM Neto precisará reorganizar sua estrutura e reconquistar aliados para se manter competitivo, mas precisa avisar aos aliados que é candidato e também oferecer apoio político. Ficar fazendo política pelo zap não resolve. E Marcelo Nilo? Vai continuar gritando com o governador, mesmo vendo os aliados aderindo ao seu opositor?
Por fim, vale uma análise nesta história toda. E vai para o governador Jerônimo Rodrigues. A história sempre se repete. Todos esses conchavos com os prefeitos não é garantia de vitória. Lembrem a vitória de Waldir Pires em 1986, primeira eleição para governador da era democrática. Venceu Josaphat Marinho com mais de 60% dos votos. ACM tinha quase todos os prefeitos. É preciso fazer política com o povo e não com os políticos. Será que em 2026 o povo baiano está preparando uma surpresa para nossos políticos? Aguardemos a próximas páginas.