Prefeito acusado de empregar seis pessoas de uma mesma família
O prefeito de Paulo Afonso, no Vale do São Francisco, Mário Galinho (PSD), está sendo acusado de empregar seis pessoas de uma mesma família na gestão municipal. A denúncia acrescenta ainda que outras famílias estariam sendo beneficiadas com cargos comissionados na atual gestão.
Além de a prima do motorista ter sido nomeada secretária de Saúde, a denúncia aponta que outros parentes dele também ocupam cargos na gestão municipal. A esposa do motorista, que já possui um cargo na prefeitura, tem a cunhada atuando na Secretaria da Mulher. Além delas, o irmão e a nora do motorista também fazem parte da administração.
Como o Brasil se acostumou a fechar a porta somente quando é roubado, a enxurrada de nomeações de parentes nos cargos comissionados ou em contratações temporárias tem prazo de validade. Um projeto de lei, PL 1466/2025, que tramita na Câmara Federal, pretende impor normas na Gestão Pública, entre elas, o limite nas prefeituras de apenas 5% de cargos comissionados.
Independente da nova lei, há mecanismos que inibem tais ações, mas os órgãos fiscalizadores tendem a ver como um mal menor. Ocorre que já está virando uma epidemia. Em várias prefeituras da Bahia a relação de parentes abrigados em cargos públicos é assustadora.
No início da gestão, em janeiro deste ano, Mário Galinho anunciou a nova estrutura salarial para os cargos comissionados. A decisão vai de encontro com as últimas decisões de início de campanha, como um corte maciço de servidores, que de acordo com a gestão, tem o objetivo de “cortar gastos”.
Esse corte de gastos não foi bem entendido, já que os secretários municipais, por exemplo, tiveram salários que saíram da casa dos R$ 12 mil para R$ 14.830,43. O mesmo valor foi definido também para os cargos de chefe de gabinete e controlador. Já os subsecretários vão receber R$ 8.000,00.
O corte de gastos também está incoerente com a criação de quatro novas secretarias: Políticas para a Mulher e Cidadania, Tecnologia e Inovação, Serviços Públicos, Ordem Pública e Segurança Cidadã. Além disso foram criadas duas superintendências para demandas específicas: Proteção aos Direitos das Pessoas Idosas e com Deficiência, com coordenações voltadas para inclusão social, saúde e programas culturais e esportivos.
Ou seja, o prefeito de Paulo Afonso, Mário Galinho, está com a franga! Diz uma coisa e faz outra. Será que ele realmente está preocupado com o município ou com sua carreira política? Nenhuma novidade se a segunda opção for verdadeira.
