Presidiário mandante de chacina com seis mortos é transferido para Serrinha

O mandante da chacina que aconteceu em Portão, município de Lauro de Freitas, em maio deste ano, Cláudio de Jesus Soares, 33 anos, o ‘Busco Peu’, foi transferido do Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador, para o Presídio de Segurança Máxima, na cidade de Serrinha. A informação foi divulgada, no final da manhã desta terça-feira (17), durante coletiva de imprensa.
Busco Peu determinou que integrantes do seu bando fossem até Portão, no dia 18 de maio, para matar traficantes rivais. Eduardo Santos da Silva, 19 anos, capturado pela polícia, Mateus Santos de Jesus, 24, Paulo Robson Carvalho dos Santos, 30, e mais dois adolescentes, todos foragidos, chegaram na localidade e, como não encontraram o bando adversário, resolveram atirar contra um grupo que estava reunido.
Era dia 18 de maio, quando quatro homens a bordo de um carro atiraram, primeiro, em Pablo Ferreira dos Santos, 15 anos, na Travessa Santo Antônio, por volta das 19h. Após balear o adolescente, o grupo seguiu com o veículo para a Rua Boca da Mata. Lá dispararam contra uma mulher e os dois sobrinhos dela que estavam na porta de casa. As vítimas foram identificadas como Raimunda dos Santos, 35 anos, Raiane Santos, 12, e Guilherme da Silva, 19. Arthur Moreira, 23, e Rogério da Silva, 36 anos, que estavam no local, também foram baleados e mortos.
Por ordem de um presidiário, seis pessoas foram mortas. O jovem suspeito de estar envolvido na chacina que ocorreu em Portão, município de Lauro de Freitas, foi apresentado na manhã desta terça-feira, 17. Ele disse que estava sentido pela morte daquelas pessoas e que não participou diretamente do massacre por ter ficado no carro. Eduardo revelou que recebeu ordens de Busco Peu, direto do presídio, para roubar. “Ele disse que era para eu roubar porque eu estava devendo a ele e precisava pagar a dívida da droga que comprei. Eu não atirei em ninguém porque minha família toda mora lá. Eu estava vendendo R$ 1 mil da cocaína que comprei e ele ameaçou matar meus parentes caso eu não pagasse. Fiquei sentido, porque eu não queria que acontecesse a chacina, conheço alguns parentes das vítimas”, revelou Eduardo.