Rianápolis
A formação da povoação que originou a cidade de Rianápolis foi iniciada no começo da década de 1940, às margens da estrada que ligava Jaraguá à Colônia Agrícola Nacional de Goiás – atual Ceres, nas proximidades de um campo de pouso. O local servia de ponto de pernoite para os viajantes e trabalhadores. A ideia de formação do povoado ganhou corpo e foram construídas casas rústicas de pau-a-pique cobertas de folhas de buriti. Com a política do Governo Federal em povoar o interior do país, denominada marcha para o Oeste em 1941, o presidente da República na época, Getúlio Vargas, escolheu o engenheiro Bernardo Sayão para dirigir a implantação da colônia onde hoje está Ceres. Chegando a Goiás, Sayão construiu a rodovia BR-14, conhecida também por estrada federal, atual BR-153, ligando Anápolis ao local onde a colônia seria implantada.
Posteriormente Sayão improvisou um pequeno campo de aviação para que as autoridades federais pudessem vistoriar as obras e o transporte de documentos pertinentes. Devido à topografia favorável, escolheram um local acima da estrada federal entre os Ribeiros do Corvo e Formiga. Na ocasião, foi uma grande novidade a presença dos aviões. Os trabalhadores envolvidos, os moradores dos arredores, as pessoas que trafegavam pela estrada federal e os primeiros habitantes do povoado passaram a chamar o lugar de Campo de Aviação, primeiro nome de Rianápolis. Os pioneiros do lugar foram os fazendeiros José Ribas Gomes, Estevo Makarov, Sabina Rita dos Santos, Sérvulo Barbosa de Albuquerque, o farmacêutico Irineu de Almeida Pina, João Pereira da Silva, Antônio Morais Rodrigues – este considerado um dos fundadores, Benjamim Pereira da Silva, o vereador Benedito Morais Bueno, Diógenes Peixoto dos Santos, Geraldo de Morais Bueno – 1º presidente da Câmara, o ex-prefeito Antônio Gricon e Silva e Dona Alzira Vieira.
Devido ao grande movimento de viajantes e à boa localização, o povoado Campo de Aviação cresceu espontaneamente, erguendo-se ali uma capela consagrada a São Sebastião, padroeiro local. Bastante desenvolvido, o lugarejo passou à condição de Município, pela Lei Estadual nº 2428, de 18 de dezembro de 1958, com a denominação de Rianápolis, por estar localizada entre Rialma e Anápolis e também por passar pelo seu território o Rio das Almas, um dos mais importantes afluentes do rio Tocantins. A instalação do município ocorreu em 1º de janeiro de 1959, constituído de um único distrito. Além da BR 153, Rianápolis é servida também pela GO 230, ambas asfaltadas.
O engenheiro Bernardo Sayão é considerado oficialmente o fundador do município e seu território faz limites com os municípios de Rialma, Uruana, Jaraguá e Santa Isabel. Rianápolis fica distante 170 km de Goiânia e seu território totaliza 157,379 km², abrigando uma população de 3.980 pessoas, dados do IBGE, censo de 2022. Sua densidade demográfica é de 25,29 hab/km². A principal fonte de economia da cidade é a Empresa LACEL – Laticínios Ceres Ltda. Outra fonte de recursos é a lavoura, onde se destaca a criação de gado, plantação de melancia, avicultura e o comércio local. A população rianápolina é majoritariamente católica, mas com diversas correntes protestantes espalhadas pela cidade. O padroeiro é São Sebastião.
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