Saiba os motivos da cassação de Sérgio Reis e Suely
A decisão que cassou os mandatos do prefeito de Lagarto, Artur Sérgio de Almeida Reis, e da vice-prefeita Suely Silva Nascimento Menezes, foi proferida pela Justiça Eleitoral da 12ª Zona, com sede no próprio município de Lagarto-SE, em 4 de setembro de 2025. A cassação ocorreu por ação movida pelo partido Republicanos, que alegou quatro irregularidades durante a campanha de 2024: ocultação de gastos de campanha, abuso de poder econômico e midiático, uso indevido de bens públicos e captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos.
O juiz Eládio Pacheco Magalhães descartou três dessas acusações por falta de provas, mas reconheceu o abuso de poder econômico por meio do uso reiterado e excessivo de veículos de comunicação locais, como jornais e portais de internet, para promover a candidatura da chapa. Segundo ele, isso gerou desequilíbrio no processo eleitoral, configurando prática ilícita grave. Mas esse motivo foi suficiente para decretar a cassação dos mandatos do prefeito e da vice-prefeita e a inelegibilidade de ambos por 8 anos, até 2032.
Apesar da sentença, a decisão não tem efeito imediato. Ambos permanecem nos cargos enquanto o caso é analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE). A defesa já anunciou que vai recorrer e destacou que o Ministério Público Eleitoral opinou pela improcedência da ação, o que, segundo eles, reforça a fragilidade da acusação.
Agora é de se imaginar um juiz desse magistrando em Ribeira do Pombal e conhecendo o que se passou na eleição de Heliópolis em 2024.