BR 230: de Cabedelo a Lábrea

São João da Varjota – Piauí

Igreja Matriz de São João Batista. (Foto: Landisvalth Lima)

   Neste episódio de BR 230 – Transamazônica – de Cabedelo a Lábrea, Contraprosa chega a São João da Varjota, uma pequena cidade do Piauí, com ruas tranquilas, arquitetura simples e acolhedora e que trem como padroeiro São João Batista. A cidade fica afastada certa de 2 kms da rodovia, mas ligada à Transamazônica por uma avenida de pista dupla. O município tem uma área de 394,456 km², onde vive uma população de 4.383 pessoas, segundo censo de 2022. Sua densidade demográfica é de 11,11 hab/km² e faz limites com os municípios de Oeiras, Ipiranga do Piauí, Dom Expedito Lopes e Picos. Fica distante de Teresina por 284 km. O IBGE estimou sua população para 2025 em 4.430 pessoas. A boa notícia é que, em 2022, todas as crianças de 6 a 14 anos frequentam as escolas do município.

   São João da Varjota nasceu da Fazenda Varjota, fundada pelo coronel Agostinho Barbosa. Este repartiu suas terras com os seus filhos e filhas. A partir daí começa o povoamento da região, dando origem a localidades de Jacús, Paquetá, Indiassú e Cocal Fechado. Na primeira metade do século XX, em 13 de maio de 1938, os moradores se reuniram em trabalho comunitário e limparam a área onde hoje está o Mercado Público, inaugurado em 1948.

Centro de São João da Varjota. (Foto: Landisvalth Lima)

   A povoação de São João da Varjota nasceu sob a sombra do Inharé – árvore que abrigava os fiéis. Foi essa devoção secular a São João Batista, ou simplesmente Senhor São João, que, entre cantos e prosas, fé e celebração, a comunidade se consolidou. No decorrer do século XX, escolas e a própria Igreja matriz de São João Batista foram erguidas, dando contornos de cidade ao então povoado.

   Raimundo José de Siqueira, primeiro vereador; Raimundo Nonato Barbosa, primeiro prefeito; professor Clementino José de Siqueira, o padre João de Deus de Carvalho, a Irmã Caldas, que hoje dá nome à principal via da cidade; as catequistas Carmen Ribeiro e Rita de Tomé; além das parteiras Tunica do Rêgo e Raimunda Cambota, foram nomes que, cada um à sua maneira, contribuíram para o fortalecimento cultural, social e político da comunidade. Em 26 de janeiro de 1994, é assinada a Lei Estadual nº 4.680, elevando São João da Varjota à categoria de município, constituído de um único distrito e desmembrado de Oeiras. A instalação ocorreu 3 anos depois, em 1º de janeiro de 1997.

Clique na imagem acima para assistir ao vídeo no YouTube.

    Qualquer época é tempo de visitar São João da Varjota, mas, se você procura diversão, a melhor data é a dos festejos juninos. A comemoração é dupla porque São João é o padroeiro da cidade. Se puder ficar um pouco mais, vale conhecer a produção artesanal em argila – herança quilombola que une saberes indígenas e africanos no sertão, o trabalho manual com palha, a agricultura diversificada e as iguarias que carregam o sabor da terra, como os doces caseiros, a cajuína e a famosa galinha caipira de São João.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *