Vandalismo? Não! O Tijuco pede socorro!
Ouvi de alguém que o mundo está perdido. Disse ele que até o Tijuco aprendeu a praticar vandalismo. Achei que a pessoa foi infeliz ou estava defendendo interesses pessoais. Certo é que, vamos colocar os pingos nos is, o que aconteceu no povoado Tijuco, município de Heliópolis, foi um grito, um pedido de socorro de pessoas que não aguentam mais tanta negligência com aquele povo.
O Tijuco é o maior povoado de Heliópolis e, ninguém sabe por que, mesmo com dois vereadores eleitos, ainda não é um distrito. Se contarmos com as povoações satélites, Caboré e Pau Ferro, por exemplo, a população passa dos 3 mil moradores. Além disso, é a terra de origem do atual prefeito de Heliópolis. Nada disso faz mudar o processo político de usar as necessidades para angariar votos a cada 2 ou 4 anos. Se não mudar o processo, quando as eleições passarem a ser de 5 em 5 anos, a coisa tende a piorar.
O que aconteceu terça-feira, 5 de novembro, no povoado Tijuco, foi a continuação de um drama que tem como vítimas o povoado Tijuco e a BA 393. A obra se arrasta desde julho de 2022 e caminha para ser uma das mais longevas de nossa região. Esse tipo de situação pode ser entendido como uma manifestação popular extrema motivada por negligência governamental. Quando a população recorre a ações drásticas como queimar pneus nas ruas, isso geralmente indica que há um colapso na comunicação entre governo e sociedade.
O povo sente que não é ouvido por meios convencionais, que não valeram as vitórias acachapantes dada à chapa do prefeito, as reuniões, abaixo-assinados, protestos pacíficos etc. A indignação ultrapassa o limite da tolerância, levando a atos simbólicos de revolta. Podem chamar isso do que quiserem: protesto radical, ato de desespero social, revolta urbana, mas é, de fato, um sentimento coletivo de abandono e injustiça. Mais que isso, é um sintoma de crise de governança, com sinais claros de que os gestores públicos falharam em atender às necessidades básicas da população, mesmo sendo um dos gestores filho do lugar.
É preciso refletir que esses atos não devem ser vistos apenas como vandalismo, mas como alertas sociais. Eles revelam que há algo profundamente errado na gestão pública, e que o povo está disposto a correr riscos para ser ouvido. Ou mudamos nosso comportamento na hora das escolhas dos gestores públicos ou um dia saberemos verdadeiramente o significado real da palavra vandalismo.

Boa tarde mestre, parabéns mais uma vez pelos ótimo reportagem, agora esse cidadão falar de vandalismo, retificar os defeitos agora é vandalismo, essa pessoa infelizmente só pode ser ligado a atual gestão, a população tem sim que fazer protesto vendo as coisas erradas, obas de mais de 3 anos e nada de finalizar, 2 vereadores roa nada naquele povoado infelizmente, cadê o prefeito, os deputados que tiveram muitos votos aí roa resolver? Esses vão aparecer pra fazer mais promessas falsas pra enganar mais uma vez o povo que vem sofrendo. A resposta temos que dar na urna ano que vem. Acorda eleitores
Sua mensagem representa toda nossa luta. Obrigado, Cleiton.